Brasil Sul a Norte numa S10 4x4 - Parte 4

Queridos Amigos do "blog" Os Giramundo"
A foto acima mostra só um pouquinho de como foi nossa festa em familia deste Natal. Como já era tradição, todos os anos transformávamos parte de nossa garagem num ambiente familiar. Levando sofás, tapetes, mesas de centro, pinheirinho de natal e etc. Fizemos novamente neste ano entre todos os familiares diretos. Prando's, Brunner's, Indart's, Monteiro's e adjacentes. 38 pessoas. Foi uma festa fantástica. Pudemos viver uma verdadeira noite de natal, onde trocar os presentes se tornou algo secundário, depois de termos lido e ouvido das maravilhas propostas por Deus ao enviar seu filho ao mundo pelos nossos pecados.
Nossos vizinhos resolveram comemorar hoje, dia 25. Alugaram um "karaokê" e pudemos participar com eles, mesmo à distância, hehehehehe!!! Desde as 12 horas até agora a pouco 24 horas a barulheira estava a todo vapor.O amplificador deve ter estourado a meia noite, depois de terem usado no volume máximo por 12 horas. O repertório foi o mais eclético que vocês possam imaginar... só não ouvimos tudo por termos dado uma saída para rever amigos. Este é o Brasil... a festa rola solta!!!
Ahhh sim... nosso filho Stephan, chegou do Canadá. Este foi um "baita" presente de nosso Pai no dia de Natal.
Ok... vamos continuar com a aventura pelo nordeste?
Já que ando um pouco ocupado por aqui, dediquei maior espaço para fotos e escreverei um pouco menos... Vamos dar um giro juntos na praia de Jericoacoara... umas das mais belas praias do Brasil. Aliás, para chegar nela tem uma opção... pela areia.

Quando a gente chegou na última cidade por nome Jijoca de Jericoacoara, que dá acesso à praia e ao parque nacional de Jericoacoara, fomos muito aconselhados a deixar nossa S10 e partir de pau-de-arara, assim como os turistas normais. Bem, quem disse que somos normais? São 23 km sem estrada indefinida.
A adrenalina foi a mil! Pois, na verdade, não dá para diferenciar bem "estrada" de "não estrada"!
A gente havia comprado esta S10 um ano antes da viagem, mas fomos surpreendidos!! Que carro! Ainda gostaria de ter outra destas no Brasil quando eu conseguir manter o seguro dela. No ano ano em que a vendi o seguro estava em R$ 15 mil... um absurdo! Dava quase para um carro básisco zero km por ano.
É absolutamente emocionante o trajeto. Prá quem gosta de aventura, então!!! ... Os solavancos são muitos, mesmo com o bom desempenho da suspensão de nosso carro... prá crianças acaba sendo sempre muito divertido.
O Stephan não se conteve em colocar nosso cãozinho de pelúcia na brincadeira do socolejo.

Após uma hora de viagem por dunas chegamos a vila de Jeri. O local ainda é preservado como uma genuína vila de pescadores. A energia é feita por geradores a diesel e acaba as 22 horas. Pelas vias não se vêem postes e fios para não descaracterizar a originalidade da vila.

O pôr do sol é um espetáculoo à parte. Aliás, não é em qualquer lugar do Brasil que se possa observá-lo descendo no mar. Em Jeri acontece.

O que estamos mesmo acostumados no Brasil, quase em toda a costa, é ver o sol nascendo no mar e não se pondo nele. Em Jeri e alguns lugares bem específicos no Brasil é possível.

Olha que lindinhas as minhas meninas!!! Outra peculiariadade de Jeri é a distância infinda de águas rasas. Creio que neste ponto andamos mais de 300 metros os meninos e eu.

No dia seguinte fomos dar passeios pela redondeza. Choveu um pouco, mas nada que pudesse atrapalhar o passeio dos giramundo. Contratamos um guia mirim e fomos aos passeios. Aqui nesta estrada de praia encontramos tráfego pesado vindo de Preá, praia ao sul de Jeri

Esta vila a frente é Preá. Andamos uns 30 km pela praia para chegar aqui. Prá dentro do continente fomos visitar algumas lagoas e lugares interessantes.

Nesta daqui, deixamos nosso carro e fizemos a travessia tocada a um motor só. Os meninos e eu fizemos a trevessia a nado e andando.

O dia estava fechado, mas a água continuava uma delícia. Os meninos, principalmente o Stephan, não perdem tempo. Nadam e mergulham o dia todo, se deixar.

Estes burrinhos foram substituidos pelos carros e motos. Agora andam soltos pelas dunas e criam-se de maneira "selvagem". Você pode pegá-los e vendê-los. O preço não é muito convidativo. R$ 1.00 por cabeça, nos explicou o guia mirim.

Aqui fomos a praia de Tatajuba. Ali tem uma vila que foi soterrada pelas dunas. Claro a estrada é a praia. Devemos sempre lembrar da maré. Rapidamente você pode ficar debaixo d'água. Alguns atolam na areia e não conseguem sair antes da maré alta chegar.

Cenas como esta são muito comuns lá pelo litoral nordestino. No começo assusta um pouco, mas acostuma.

A travessia foi bem segura e o motor tb. era de um "cavalo" só. Hehehe!!

Um passeio no burrinho... este nem 1 cavalo tinha. Por aí estava a cidade desparecida

Aqui são as dunas fixas de Tatajuba. Olha a minha menina... que doce!!!!!

De fato, andar por estas dunas foi uma aventura e tanto!!!!

Antes do anoitecer fomos ver a pedra furada de Jeri. Tudo muito lindo.

De Jericoacoara viajamos pela praia e dunas até Camocim e de lá para Bitupitá e Barra grande(Piauí) Dali partimos pela orla, pegando estradas e atalhos passando por Delta de Parnaíba, Tutóia até chegar em Paulinho Neves. Último vilarejo antes do nosso Obejtivo: Parque Nacional dos Lençois Maranhenses. Na próxima semana pretendo escrever sobre isso.

Abraços e até lá.

Celso.